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Machado de Assis 

 

Joaquim Maria Machado de Assis (1839 - 1908), foi um escritor e poeta brasileiro, e também o pioneiro como cronista. Foi o fundador da Academia Brasileira de Letras e é famoso por muitos de seus livros, como Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba e O Alienista.

 

Com 16 anos, Machado de Assis publicou seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense, e apenas um ano depois consegue seu primeiro emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional. É lá que conhece quem se tornaria seu protetor, Manuel Antônio de Almeida, autor da obra Memórias de um Sargento de Milícias.

 

No ano de 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, Machado de Assis passou a fazer parte da redação do jornal Diário do Rio de Janeiro, além de escrever para as revistas O Espelho, A Semana Ilustrada e Jornal das Famílias. Um ano depois, publicou seu primeiro livro, chamado "Queda que as mulheres têm para os tolos".

 

No dia 28 de janeiro de 1897, Machado de Assis e o escritor José Veríssimo fundaram a Academia Brasileira de Letras e Machado de Assis foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte.

 

Machado de Assis escreveu mais de 50 obras, entre romances, coletâneas de poesidas, contos, mas ficará sempre imortalizado por obras como Quincas Borba, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e O Alienista.

 

 

 

 Por que ler Clarice Lispector? | Podcast | Rádio Brasil de Fato

Clarice Lispector

 

Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920, veio para o Brasil em março de 1922, passou a infância na cidade do Recife e em 1937 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em Direito.

Clarice Lispector estreou na literatura ainda muito jovem com o romance "Perto do Coração Selvagem" (1943), que teve calorosa acolhida da crítica e recebeu o Prêmio Graça Aranha.

Em 1944, recém-casada com um diplomata, viajou para Nápoles, onde serviu num hospital durante os últimos meses da Segunda Guerra. Depois de uma longa estada na Suíça e Estados Unidos, voltou a morar no Rio de Janeiro.

Clarice Lispector começou a colaborar na imprensa em 1942 e, ao longo de toda a vida, nunca se desvinculou totalmente do jornalismo. Trabalhou na Agência Nacional e nos jornais A Noite e Diário da Noite. Foi colunista do Correio da Manhã e realizou diversas entrevistas para a revista Manchete. A autora foi cronista do Jornal do Brasil. Produzidos entre 1967 e 1973, esses textos estão reunidos no volume "A Descoberta do Mundo".

Entre suas obras mais importantes estão a reunião de contos em "A Legião Estrangeira" (1964), "Laços de Família" (1972), os romances "A Paixão Segundo G.H. (1964) e "A Hora da Estrela" (1977).

Clarice Lispector faleceu no Rio de Janeiro no dia 9 de dezembro de 1977.

 

 

Cecília Meireles

 

Cecília Meireles, nascida dia 7 de novembro de 1901, foi uma poetisa e jornalista, e é considerada umas das maiores escritoras brasileiras, com mais de 50 obras publicadas. Além disso foi professora de línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.

Com dezoito anos, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, chamado "Espectro". Seus livros eram influenciados pelo Modernismo, Romantismo e outros.

Na profissão de jornalista, publicava matérias sobre os

problemas na educação, e por esse seu interesse, foi fundadora da primeira biblioteca infantil do Brasil, no ano de 1934. Seu interesse pela educação e pelas crianças fez com que tivesse também um grande reconhecimento na poesia infantil, com textos como "O Cavalinho Branco", "Colar de Carolina", "O mosquito escreve" e muitos outros.

No ano de 1939, Cecília publicou "Viagem", livro que acabou ganhando o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.

Cecília Meireles morreu no dia 9 de novembro de 1964.

 

 

 Fernando Pessoa

 

Introdução 

 

Fernando Antônio Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935.

 

Biografia 

 

Fernando Pessoa foi morar, ainda na infância, na cidade de Durban(África do Sul), onde seu pai tornou-se cônsul. Neste país teve contato com a língua e literatura inglesa. 

 

Adulto, Fernando Pessoa trabalhou como tradutor técnico, publicando seus primeiro poemas em inglês. 

 

Em 1905, retornou sozinho para Lisboa e, no ano seguinte, matriculou-se no Curso Superior de Letras. Porém, abandou o curso um ano depois. 


Pessoa passou a ter contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio Vieira e Cesário Verde. Foi também influenciado pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer. Recebeu também influências do simbolismo francês.

 

Em 1912, começou suas atividade como ensaísta e crítico literário, na revista Águia. 

 

A saúde do poeta português começou a apresentar complicações em 1935. Neste ano foi hospitalizado com cólica hepática, provavelmente causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. Sua morte prematura, aos 47 anos, provavelmente aconteceu em função destes problemas, pois apresentou cirrose hepática.

 

O ortônimo e os heterônimos de Fernando Pessoa

 

Fernando Pessoa usou em suas obras diversas autorias. Usou seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e pseudônimos (heterônimos) para assinar outras. Os heterônimos de Fernando Pessoa tinham personalidade própria e características literárias diferenciadas. São eles:

 

Álvaro de Campos


Era um engenheiro português de educação inglesa. Influenciado pelo simbolismo e futurismo, apresentava um certo niilismo em suas obras. 

 

Ricardo Reis


Era um médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina.

 

Alberto Caeiro


Com uma formação educacional simples (apenas o primário), este heterônimo fazia poesias de forma simples, direta e concreta. Suas obras estão reunidas em Poemas Completos de Alberto Caeiro.



Obras de Fernando Pessoa



· Do Livro do Desassossego
· Ficções do interlúdio: para além do outro oceano
· Na Floresta do Alheamento
· O Banqueiro Anarquista
· O Marinheiro
· Por ele mesmo



Poesias de Fernando Pessoa


· A barca
· Aniversário
· Autopsicografia
· À Emissora Nacional
· Amei-te e por te amar...
· Antônio de Oliveira Salazar
· Autopsicografia
· Elegia na Sombra
· Isto
· Liberdade
· Mar português
· Mensagem
· Natal
· O Eu profundo e os outros Eus
· O cancioneiro
· O Menino da Sua Mãe
· O pastor amoroso
· Poema Pial
· Poema em linha reta
· Poemas Traduzidos 
· Poemas de Ricardo Reis
· Poesias Inéditas 
· Poemas para Lili
· Poemas de álvaro de Campos
· Presságio
· Primeiro Fausto
· Quadras ao gosto popular
· Ser grande
· Solenemente
· Todas as cartas de amor...
· Vendaval



Prosas de Fernando Pessoa


· Pessoa e o Fado: Um Depoimento de 1929
· Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação
· Páginas de Estética e de Teoria e de Crítica Literárias



Obras do heterônimo Alberto Caeiro


· O Guardador de Rebanhos
· O guardador de rebanhos - XX
· A Espantosa Realidade das Cousas
· Um Dia de Chuva
· Todos os Dias
· Poemas Completos
· Quando Eu não tinha
· Vai Alta no Céu a lua da Primavera
· O Amor é uma Companhia
· Eu Nunca Guardei Rebanhos
· O Meu Olhar
· Ao Entardecer
· Esta Tarde a Trovoada Caiu
· Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada
· Pensar em Deus
· Da Minha Aldeia
· Num Meio-Dia de Fim de Primavera
· Sou um Guardador de Rebanhos
· Olá, Guardador de Rebanhos
· Aquela Senhora tem um Piano
· Os Pastores de Virgílio
· Não me Importo com as Rimas
· As Quatro Canções
· Quem me Dera
· No meu Prato
· Quem me Dera que eu Fosse o Pó da Estrada
· O Luar
· O Tejo é mais Belo
· Se Eu Pudesse
· Num Dia de Verão
· O que Nós Vemos
· As Bolas de Sabão
· às Vezes
· Só a Natureza é Divina
· Li Hoje
· Nem Sempre Sou Igual
· Se Quiserem que Eu Tenha um Misticismo
· Se às Vezes Digo que as Flores Sorriem
· Ontem à Tarde
· Pobres das Flores
· Acho tão Natural que não se Pense
· Há Poetas que são Artistas
· Como um Grande Borrão
· Bendito seja o Mesmo Sol
· O Mistério das Cousas
· Passa uma Borboleta
· No Entardecer
· Passou a Diligência
· Antes o Voo da Ave
· Acordo de Noite
· Um Renque de árvores
· Deste Modo ou Daquele Modo 



Obras do heterônimo Álvaro de Campos 


· Acaso
· Acordar
· Adiamento
· Afinal
· A Fernando Pessoa
· A Frescura
· Ah, Onde Estou
· Ah, Perante
· Ah, Um Soneto
· Ali Não Havia
· Aniversário
· Ao Volante
· Apostila
· às Vezes
· Barrow-on-Furness
· Bicarbonato de Soda
· O Binômio de Newton
· A Casa Branca Nau Preta
· Chega Através
· Cartas de amor 
· Clearly Non-Campos!
· Começa a Haver
· Começo a conhecer-me. Não existo
· Conclusão a sucata !... Fiz o cálculo
· Contudo
· Cruz na Porta
· Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa
· Datilografia
· Dela Musique
· Demogorgon
· Depus a Máscara
· Desfraldando ao conjunto fictício dos céus estrelados
· O Descalabro
· Dobrada à morda do Porto
· Dois Excertos de Odes
· Domingo Irei
· Escrito Num Livro Abandonado em Viagem
· Há mais
· Insônia
· O Esplendor
· Esta Velha
· Estou
· Estou Cansado
· Eu
· Faróis
· Gazetilha
· Gostava
· Grandes
· Há Mais
· Lá chegam todos, lá chegam todos... 
· Lisboa
· O Florir
· O Frio Especial
· Lisbon Revisited - l923
· Lisbon Revisited - 1926
· Magnificat
· Marinetti Acadêmico
· Mas Eu
· Mestre
· Na Casa Defronte
· Na Noite Terrivel
· Na Véspera
· Não Estou
· Não, Não é cansaço
· Não: devagar
· Nas Praças
· Psiquetipia (ou Psicotipia)
· Soneto já antigo
· The Times 



Obras do heterônimo Ricardo Reis


· A Abelha
· A Cada Qual
· Acima da verdade
· A flor que és
· Aguardo
· Aqui
· Aqui, dizeis
· Aqui, neste misérrimo desterro
· Ao Longe
· Aos Deuses
· Antes de Nós
· Anjos ou Deuses
· A palidez do dia
· Atrás não torna
· A Nada Imploram
· As Rosas
· Azuis os Montes
· Bocas Roxas
· Breve o Dia
· Cada Coisa
· Cada dia sem gozo não foi teu
· Cancioneiro 
· Como
· Coroai-me
· Cuidas, índio
· Da Lâmpada
· Da Nossa Semelhança
· De Apolo
· De Novo Traz
· Deixemos, Lídia
· Dia Após Dia
· Do que Quero
· Do Ritual do Grau de Mestre do átrio na Ordem Templária de Portugal
· Domina ou Cala
· Eros e Psique 
· Estás só. Ninguém o sabe
· Este seu escasso campo
· é tão suave
· Feliz Aquele
· Felizes
· Flores
· Frutos
· Gozo Sonhado
· Inglória
· Já Sobre a Fronte
· Lenta, Descansa
· Lídia
· Melhor Destino
· Mestre
· Meu Gesto
· Nada Fica
· Não a Ti, Cristo, odeio ou te não quero
· Cristo Não a Ti, Cristo, odeio ou menosprezo
· Não Canto
· Não Consentem
· Não queiras
· Não quero, Cloe, teu amor, que oprime
· Não quero recordar nem conhecer-me
· Não Só Vinho
· Não só quem nos odeia ou nos inveja
· Não sei de quem recordo meu passado
· Não Sei se é Amor que TenS
· Não Tenhas
· Nem da Erva
· Negue-me
· Ninguém a Outro Ama
· Ninguém, na vasta selva virgem
· No Breve Número
· No Ciclo Eterno
· No Magno Dia
· No mundo, Só comigo, me deixaram
· Nos Altos Ramos
· Nunca
· Ouvi contar que outrora
· Olho
· O que Sentimos
· Os Deuses e os Messias
· O Deus Pã
· Os Deuses
· O Ritmo Antigo
· O Mar Jaz
· O Sono é Bom
· O Rastro Breve
· Para os Deuses
· Para ser grande, sê inteiro: nada
· Pesa o Decreto
· Ponho na Altiva
· Pois que nada que dure, ou que, durando
· Prazer
· Prefiro Rosas
· Quanta Tristeza
· Quando, Lídia
· Quanto faças, supremamente faze
· Quem diz ao dia, dura! e à treva, acaba!
· Quer Pouco
· Quero dos Deuses
· Quero Ignorado
· Rasteja Mole
· Sábio
· Saudoso
· Segue o teu destino
· Se Recordo
· Severo Narro
· Sereno Aguarda
· Seguro Assento
· Sim
· Só o Ter
· Só Esta Liberdade
· Sofro, Lídia
· Solene Passa
· Se a Cada Coisa
· Sob a leve tutela
· Súbdito Inútil
· Tão cedo passa tudo quanto passa!
· Tão Cedo
· Tênue
· Temo, Lídia
· Tirem-me os Deuses
· Tudo que Cessa
· Tuas, Não Minhas
· Uma Após Uma
· Uns
· Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio
· Vivem em nós inúmeros
· Vive sem Horas
· Vossa Formosa  

 

 

Euclides da Cunha

 

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em Cantagalo (RJ), no dia 20 de janeiro de 1866. Foi escritor, professor, sociólogo, repórter jornalístico e engenheiro, tendo se tornado famoso internacionalmente por sua obra-prima, “Os Sertões”, que retrata a Guerra dos Canudos.

Cronologia:

1866 – Nasce no dia 20 de janeiro, na Fazenda Saudade, em Cantagalo, região serrana no vale do rio Paraíba do Sul, na província do Rio de Janeiro, onde vive at?os três anos, quando falece sua mãe. O autor e sua irm? Adélia, passam a viver, em 1869, com seus tios maternos, Rosinda e Urbano, em Teresópolis (RJ).

1871 -  Com a morte da tia, Rosinda, vão morar com os tios maternos, Laura e Cândido, em São Fidélis (RJ).

1874 – Inicia os estudos no Instituto Colegial Fidelense.

1875 - Seu pai, Manuel Rodrigues Pimenta da Cunha, tem o poema “?morte de Castro Alves” publicado na segunda edição de “Espumas flutuantes”, do poeta baiano, prematuramente falecido.

1877 – Estuda no Colégio Bahia, em Salvador (BA), durante um breve período em que morou naquela cidade, na casa de sua av?paterna.

1879 - Muda-se para a cidade do Rio de Janeiro (RJ), e estuda no Colégio Anglo-Americano.

1883 - Estuda no Colégio Aquino, e escreve seus primeiros poemas em um caderno, ao qual d?o título de “Ondas”.

1884 – Publica em “O Democrata”, jornal dos alunos do Colégio Aquino, seu primeiro artigo.

1885 - Ingressa na Escola Politécnica para cursar Engenharia. Freqüenta somente por um ano, pois ?obrigado a desistir por motivos financeiros.

1886 – Matricula-se na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, no curso de Estado-maior e Engenharia Militar da Escola Militar, medida adotada porque a Escola pagava soldo e fornecia alojamento e comida. Tinha, entre seus colegas, Cândido Rondon, Lauro Müller, Alberto Rangel e Tasso Fragoso.

1887 – Passa, por três vezes, pela enfermaria da escola. Pede licença de dois meses para tratar da saúde.

1888 – Sua matrícula na Escola Militar da Praia Vermelha ?trancada, face ao ato de protesto durante uma visita do Ministro da Guerra, conselheiro Tomas Coelho, do último gabinete conservador da monarquia. ?desligado do Exército sob o pretexto de incapacidade física. Convidado, passa a escrever no jornal “A Província de São Paulo”, hoje “O Estado de São Paulo”, jornal engajado na campanha republicana. O artigo “A pátria e a dinastia, publicado no dia 20/12/1888, marca sua estréia.

1889 - Retorna ?Escola Militar da Praia Vermelha, graças ao apoio de seu futuro sogro , o major Sólon Ribeiro e de seus colegas da Escola, que pedem sua reintegração.

1890 – Casa-se com Ana Emília Ribeiro.

1891 - Tira um mês de licença para tratamento de saúde. Viaja com a esposa para a Fazenda Trindade, de seu pai, localizada em Nossa Senhora do Belém do Descalvado (atual Descalvado), no interior de São Paulo. Morre sua filha Eudóxia, recém-nascida.

1892 - Conclui  o curso na Escola Superior de Guerra e ?promovido a tenente, seu último posto na carreira. Cumpre estágio na Estrada de Ferro Central do Brasil — trecho paulista da ferrovia, entre a capital e a cidade de Caçapava, por designação do marechal Floriano Peixoto. ?nomeado auxiliar de ensino teórico na Escola Militar do Rio. Nasce seu filho Solon Ribeiro da Cunha.

1893 - Escreve artigo com críticas ao governo do marechal Floriano, cuja publicação foi negada pelo jornal “O Estado de São Paulo”. Acometido de forte pneumonia, interrompe sua colaboração com o jornal. Volta a trabalhar como engenheiro praticante na Estrada de Ferro Central do Brasil. Com a Revolta da Armada, que teve início em 06/09, seu sogro ?preso. Sua mulher, Ana, refugia-se, com o filho Solon, na fazenda do sogro, em Descalvado (SP). O escritor ?designado para servir na Diretoria de Obras Militares.

1894 - ?punido com transferência para a cidade de Campanha (MG), por ter protestado, em cartas ?“Gazeta de Notícias”, do Rio, contra a execução sumária dos prisioneiros políticos, pedida pelo senador florianista João Cordeiro, do Cear? Nasce seu filho Euclides Ribeiro da Cunha Filho, o Quidinho.

1895 – Obtém licença do Exército, por ser considerado incapaz para o serviço militar devido ?tuberculose. Vai para a fazenda do pai e se dedica às atividades agrícolas. Cansado, poucos meses após tornar-se lavrador, vai trabalhar como engenheiro-ajudante na Superintendência de Obras Públicas em São Paulo.

1896 – Mesmo desaconselhado pelo sogro, o autor desliga-se do Exército, sendo reformado no posto de tenente.

1897 – Volta a colaborar no jornal “O Estado de São Paulo”. Cobre a  4?Expedição contra Canudos, como correspondente daquele jornal. Em seus artigos, afirma sua certeza na vitória do governo sobre os conselheristas. O presidente Prudente de Morais o nomeia adido do estado-maior do ministro da Guerra, marechal Carlos Machado de Bittencourt. Torna-se sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Acompanha, de perto, toda a movimentação de tropas e faz pesquisas sobre Canudos e o Conselheiro. Em Monte Santo, em companhia do jornalista Alfredo Silva, faz incursão nos arredores da cidade, observa as plantas e minerais da região. Nas cercanias de Canudos, no dia 19/09, escreve sua primeira reportagem da frente de batalha. Antonio Conselheiro morre de disenteria em 22/09. O autor passeia pela cidade, anotando em sua caderneta de bolso, expressões populares e regionais, mudanças climáticas, desenhos da cidade e das serras da região e copia diários dos combatentes. Transcreve poemas populares e profecias apocalípticas, depois citados em “Os Sertões”. Com acessos de febre, retira-se do local, confessando, em seu último artigo para o jornal, o profundo desapontamento provocado pela visão das centenas de feridos que gemiam amontoados no chão. Retorna a Salvador (BA), em 13/10, e escreve, no dia seguinte, no álbum da médica Francisca Praguer Fróes, o poema “Página vazia”, aqui publicado. Volta ao Rio de Janeiro e, de l? a São Paulo (SP). Após  quatro meses de licença para cuidar de sua doença, viaja para Descalvado onde, começa a escrever “Os sertões”.

1898 – Reassume seu cargo na Superintendência de Obras Públicas de São Paulo. Publica, em “O Estado”, o “Excerto de um livro inédito”, trechos de “Os sertões”, em que defende a tese de que o sertanejo ?um forte, cuja energia contrasta com a debilidade dos “mestiços” do litoral. A ponte recém-inaugurada, construída em São Jos?do Rio Pardo (SP), em parte sob a fiscalização do escritor, desaba, levando o biografado àquela cidade para acompanhar o desmonte. A demora nos trabalhos faz com que o escritor mude-se para aquela cidade, onde fica at?1901. Profere palestra no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, sobre a “Climatologia dos sertões da Bahia”, e propõe a construção de açudes para resolver o problema das secas no Nordeste. Grande parte de “Os sertões” ?escrita em São Jos? com a colaboração do prefeito da cidade, Francisco Escobar, que se tornara amigo do escritor.

1900 – Falece, em Belém, o General Solon Ribeiro, sogro do biografado. Finaliza, em maio, a primeira versão de “Os sertões”.

1901 – ?nomeado chefe do 5?Distrito de Obras Públicas, com sede em São Carlos do Pinhal (SP), onde conclui “Os sertões”. Nasce seu filho, Manuel Afonso Ribeiro da Cunha. Assina contrato com a editora Laemmert, do Rio, a publicação de 1.200 exemplares de “Os sertões”, assumindo o compromisso de pagar a metade dos custos de edição, 1conto e quinhentos mil réis, quase o dobro de seu salário de engenheiro.

1902 – Após um trabalho insano de revisão, “Os sertões (Campanha de Canudos)” chega às livrarias em dezembro, sendo recebido com aplausos e restrições pela crítica.

1903 – A primeira edição do livro se esgota em pouco mais de dois meses. Começa a tomar notas para a “História da revolta”, livro sobre a rebelião da Marinha, que combateu no Rio, como oficial do Exército, de 1893 a 1894. Elege-se para a cadeira n?7 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono ?Castro Alves, e como sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Face ? possibilidade de participar de expedição ao Purus, suspende a redação do livro. Vende os direitos das segunda tiragem de “Os sertões” para o editor Massow. Demite-se da Superintendência de Obras Públicas.

1904 – Participa, através de artigos publicados em jornais, do debate sobre os conflitos de fronteira. Condena o envio de tropas brasileiras para o Alto Purus e defende uma solução diplomática que permita incorporar o território do Acre. Propõe uma “guerra dos cem anos” contra as secas do Nordeste, que inclua a exploração científica da região, a construção de açudes, poços e estradas de ferro e o desvio das águas do rio São Francisco para as regiões afetadas pela estiagem. Após trabalhar alguns meses na Comissão de Saneamento de Santos, desentende-se com a diretoria e pede demissão. Sem emprego, volta a escrever no jornal “O Estado de São Paulo” e, também, em “O País”, do Rio. Dificuldades financeiras fazem-no transferir, por uma bagatela, os direitos de “Os sertões” para a editora Laemmert. ?nomeado, pelo barão do Rio Branco, chefe da Comissão Mista  Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus, na fronteira do Brasil com o Peru. Parte rumo a Manaus (AM) no dia 13/12.

1905 - Realiza viagem heróica pelo Rio Purus, na Amazônia, chefiando missão oficial do Ministério das Relações Exteriores. Percorre cerca de 6.400 quilômetros de navegação, alguns trechos inclusive a p? A comissão chega ?foz do rio Purus em 09/04. De volta, redige, com o comissário peruano, o relatório da expedição. Embarca para o Rio no dia 18/12. Durante sua ausência, a editora Laemmert publica a terceira edição de “Os sertões”.

1906 – Com a saúde debilitada pela malária, ao chegar encontra Ana, sua esposa, grávida do cadete Dilermando de Assis. Trabalha como adido do barão do Rio Branco. Trabalha no preparo de documentação necessária ?construção da estrada de ferro Madeira-Mamor? A Imprensa Nacional publica “Notas complementares do comissário brasileiro” sobre a história e a geografia do Purus, incluído no “Relatório da comissão mista Brasileiro-Peruana de reconhecimento do Alto Purus”. Recusa indicação para fiscalizar a construção da ferrovia Madeira-Mamor? Ana d??luz Mauro, que falece de debilidade congênita uma semana após seu nascimento. Tempos depois, afirmar?ter tomado remédios abortivos tentando interromper a gravidez e que fora também impedida pelo marido a amamentar a criança, filha de Dilermando. O “Jornal do Commércio” publica “Peru versus Bolívia”. Começa a escrever “Um paraíso perdido”, livro sobre a Amazônia, que não ?terminado face ?morte do autor. Os originais se perderam. Toma posse, finalmente, na Academia Brasileira de Letras.

1907 – Publica “Contrastes e confrontos”, pela editora Livraria Chardron, do Porto (Portugal). Nasce Luís Ribeiro da Cunha, registrado como seu filho, mas que ir?adotar, j?adulto, o sobrenome Assis, de seu pai biológico Dilermando. Profere, com grande sucesso, no Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito de São Paulo, a conferência “Castro Alves e seu tempo”.

1908 – Escreve o prefácio do livro “Poemas e canções”, de Vicente de Carvalho. Em “Antes dos versos”, expõe sua concepção da poesia moderna. Publica no “Jornal do Commércio”, a crônica “A última visita”, sobre a inesperada homenagem de um anônimo estudante a Machado de Assis em seu leito de morte. O biografado ocupa, por breve período, com o falecimento de Machado, a presidência da Academia Brasileira de Letras. Passa o cargo para Rui Barbosa. Inscreve-se no concurso para a cadeira de lógica no Ginásio Nacional (Colégio Pedro II), no Rio.

1909 - Obtém a segunda colocação no concurso. Graças ?interferência junto ao presidente da República, Nilo Peçanha, do barão do Rio Branco e do escritor e deputado Coelho Neto, ?nomeado para a vaga. Entrega aos editores, Lello & Irmão, as provas de “?margem da História”.

Morre no dia 15 de agosto de 1909, depois de uma troca de tiros com o aspirante Dinor?e seu irmão, o cadete Dilermando de Assis. Em 1916, o segundo-tenente Dilermando de Assis, que havia sido absolvido da morte do biografado (legítima defesa), mata em um cartório de órfãos no centro do Rio, o aspirante naval Euclides da Cunha Filho, o Quidinho, que tentou vingar a morte do pai. Dilermando ?novamente absolvido, pelo mesmo veredicto.